A mastite é a inflamação da glândula mamária, sendo causada pelos mais diversos agentes e seu controle é feito por meio da prevenção, já que é uma doença que pode surgir repentinamente, mas está relacionada ao manejo.

Para se fazer uma prevenção adequada, é preciso considerar todo o manejo da propriedade. Quando os índices desta doença aumentam, significa que uma ou mais ações dentro do manejo estão sendo executadas de forma inadequada. Dentro deste manejo da propriedade deve-se levar em consideração todo o processo realizado diariamente dentro da propriedade, desde quando os animais estão no pasto, vêm para a ordenha e voltam para o pasto.


Prejuízos causados pelas mastites clínicas e subclínicas

Uma vez instalada a mastite, são vários os prejuízos causados para a proprietária. Entre os principais prejuízos, destacam-se:

* Queda na produção e na qualidade do leite
* Alterações na composição química e física
* Redução do rebanho por descarte de animais com mastite crônica ou subclínica
* Diminuição da produtividade do leite na produção de derivados
* Redução ou eliminação da bonificação para o produtor e, em alguns casos, penalização

Tratamento para mastite

Para tratar a doença, é preciso identificar primeiramente o tipo e o grau de mastite. Essa identificação pode ser feita através do CMT, análise de cultura do leite ou com uso da caneca de fundo negro.

Através da identificação, é possível ser mais assertivo na escolha dos medicamentos a serem utilizados, evitando desperdícios e custos. Os tratamentos mais comuns consistem na aplicação e antibióticos e antimicrobianos, podendo ser realizados durante o período de lactação ou período seco.

Como desvantagem, alguns medicamentos precisam de períodos de carência, ou seja, durante o tratamento o leite deverá ser descartado. Por isso, os produtores deverão sempre buscar medidas preventivas ou utilizar tratamentos com produtos biológicos. 

Prevenção e controle

Para prevenir a incidência da mastite, há prevenção e controle. Confira algumas estratégias:

Mastite subclínica: diminua a exposição e as taxas de colonização de patógenos dos tetos por meio de um eficiente controle higiênico, aumente a resistência imunológica dos animais, utilize medicamentos específicos para as bactérias causadoras da mastite ou adote tratamentos biológicos.

Mastite contagiosa: mantenha um rígido controle sanitário, através da limpeza dos pastos, estábulos, salas de ordenha, evite o acúmulo de esterco, água parada, lama, principalmente nos locais de maior permanência dos animais. Separe do rebanho animais com mastite crônica, evite a entrada ou a permanência de animais com infecções, feridas abertas nos locais de ordenha, pois eles podem contaminar o chão ou os equipamentos. 

Manejo sanitário da ordenhadeira: sempre mantenha os equipamentos limpos, higienizados e regulados. A limpeza deve ocorrer após todas as ordenhas. 

Cuidados do ordenhador: O ordenhador é o maior responsável pela chegada de leite com qualidade às indústrias. Faça programas de capacitação, aprenda sobre as importâncias de um bom manejo sanitário. Em casos de lesões nas mãos, use luvas de látex ou vinil durante a ordenha. 

Controle as condições do ambiente: Manter sempre a higiene e o conforto do ambiente (pasto, sala de ordenha, maternidade e curral de espera), evitar sujeira e umidade, impeça a proliferação de microrganismos, evite acúmulo de fezes, esterco, água parada ou lama, principalmente nos locais de permanência das vacas, elimine resíduos produzidos pelos animais.

Mantenha a integridade dos tetos:  Assegure-se que os tetos estejam limpos e secos antes do seu início. A flambagem ou tosquia dos pelos do úbere são estratégias que podem impedir a adesão de sujidades na região dos tetos e facilitar a limpeza. 

Pré-dipping: E um método eficaz no controle da mastite ambiental, embora apresente alguma eficácia no controle da mastite contagiosa. Para isso, deve-se utilizar a metade da concentração dos desinfetantes indicados para o pós-dipping.

Pós-dipping: A prática isolada mais importante de controle de novas infecções intramamária é a desinfecção dos tetos ao final da ordenha. Deve-se enfatizar que a imersão dos tetos deve ser completa, isto é, pelo menos dois terços dos tetos devem ser imersos completamente na solução desinfetante.

Adote uma linha de ordenha: Outra forma de evitar novos casos de mastite é através da adoção de linhas de ordenha. Primeiramente, ordenhar as vacas que nunca apresentaram quadros de mastite, em seguida, vacas que tiveram mastite e já foram curadas e por fim, ordenhar as vacas que ainda apresentam casos de mastite.

Monitore a mastite do rebanho: Vários métodos podem ser empregados para o monitoramento da mastite clínica e subclínica. A detecção da mastite clínica é possível por meio da palpação da glândula mamária e da observação do aspecto do leite ou através do uso da caneca de fundo preto. Já na mastite subclínica, são necessários testes auxiliares, tais como CCS ou CMT.

Contagem de células somáticas (CCS): O leite produzido por uma glândula mamária bovina saudável contém no máximo 200.000 células somáticas, que compreendem neutrófilos, macrófagos e linfócitos. Acima desse valor já se considera o animal com mastite subclínica. A CCS do leite além de ser um indicativo da saúde da glândula mamária, também causa outros prejuízos como redução na qualidade e quantidade do leite produzido.

Resistência imunológica: Uma alimentação de qualidade que atenda todas as exigências nutricionais do rebanho tem a capacidade de aumentar a resistência do sistema imunológico. Pesquisas apontam que alguns nutrientes, tais como probióticos, prebióticos, vitaminas A, E, selênio, cobre e zinco, podem interferir positivamente na resposta da glândula mamária.

Que saber como reduzir a CCS do seu rebanho ou controlar a mastite sem o uso de antibióticos? Entre em contato com nossa equipe.

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